A partir deste ano, vários novos equipamentos de segurança tornaram-se obrigatórios em carros novos vendidos no Brasil. De acordo com a resolução do Cotran (Conselho Nacional de Trânsito), essas exigências deveriam ter entrado em vigor em 2021, mas foram adiadas devido à pandemia de Covid-19.
Equipamentos Obrigatórios
Desde 1º de janeiro de 2024, novos veículos devem incluir:
Luzes de condução diurna (DRLs)
Controle de estabilidade
Alerta de cinto de segurança afivelado
Teste de impacto lateral
Indicação de frenagem brusca
Repetidores de setas nos retrovisores ou para-lamas
Motivo do Atraso
Quando a resolução foi aprovada em 2021, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) argumentou que o prazo era curto, especialmente devido aos desafios impostos pela pandemia. Por isso, o prazo foi estendido até o início deste ano.
Impacto no Preço dos Carros
Antônio Jorge Martins, coordenador dos cursos automotivos da FGV, acredita que a adição desses itens obrigatórios pode aumentar os preços dos carros. “A incorporação de alguns itens, especialmente de segurança, tende a elevar os custos das empresas, o que pode levar a um aumento nos preços”, explica Martins.
Competitividade do Mercado
No entanto, Martins destaca o papel crescente das montadoras chinesas no Brasil. Com a expansão dessas fábricas, as montadoras estabelecidas terão menos incentivo para aumentar os preços devido à maior competitividade. Essa competição pode beneficiar os consumidores com melhores preços e desempenho dos veículos, pois as montadoras buscam se posicionar favoravelmente no mercado.
Embora os novos requisitos de segurança possam inicialmente sugerir um aumento nos preços dos carros, a crescente competitividade no mercado brasileiro pode equilibrar esses custos, oferecendo aos consumidores melhores opções tanto em preço quanto em desempenho.